Projeção e Expectativa da Construção Civil em 2021

Acompanhar o mercado da construção civil e suas tendências de crescimento, estagnação ou desaceleração é uma atividade que faz parte da rotina diária de todos aqueles que estão direta e até mesmo indiretamente envolvidos neste setor da economia.

Recuperação da Construção Civil

Na avaliação do economista aposentado, Gilson Renhe, a economia brasileira começa a apresentar sinais de recuperação, mas não o suficiente para compensar a queda significativa do Produto Interno Bruto (PIB), ocorrida durante o período crítico da pandemia da covid-19. “Para 2021, o cenário é de continuidade da recuperação da economia, com projeções de crescimento do PIB entre 3% e 4%, segundo o Banco Central e o Ministério da Economia, considerando-se uma volta progressiva dos níveis normais de consumo. Pode haver uma bolha de consumo decorrente da demanda reprimida observada em 2020, a partir da redução do distanciamento social e recuperação do emprego”, destacou.

Conforme Gilson, com a contínua e acentuada queda da taxa Selic, a Caixa Econômica Federal (CEF) e outras instituições financeiras reduziram significativamente as taxas de juros para a carteira imobiliária e até inovaram com a disponibilização de novas linhas de crédito, como a utilização do rendimento da poupança ou variação do IPCA como componentes para a determinação da taxa de juro, favorecendo a aquisição de imóveis pelo Sistema Financeiro Imobiliário. “A abstenção de consumo (poupança) e queda da taxa de juros, embora não com exclusividade, foram suficientes para tornarem o mercado imobiliário mais saudável neste ano de 2020 e estimularem o crescimento da construção civil. Esse acentuado crescimento do mercado imobiliário denota que o brasileiro está reaprendendo a investir em imóveis, evidenciando uma tendência de contínuo crescimento do mercado de construção civil, haja vista o acentuado déficit habitacional existente no país”, detalhou.

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